No vácuo – Qualificação GP da Hungria

Devo minhas desculpas a Fernando Alonso, além de protestar quanto à decisão da FIA que claramente beneficia Lewis Hamilton e pune com seriedade fora de padrão a McLaren.

Para mim foram bem claras as explicações de Ron Dennis sobre o ocorrido na qualificação de hoje. O malandro foi Lewis Hamilton e, claro, como protegido da mídia e querido da FIA, não só ficou sem qualquer reprimenda como prejudicou seu time e ganhou de bandeija a corrida de amanhã.

Vai largar na pole e sem Alonso por perto, tendo inclusive prejudicado a estratégia do espanhol de largar com mais combustível por privar-lhe de uma volta extra. Fabulosa decisão… É um verdadeiro circo com seus alvos preferenciais e intocáveis do momento.

E aqui, na edição portuguesa do site Autosport, temos a razão da ira de Ron Dennis no fim do treino… Não, não foi por causa de Alonso: http://autosport.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=as.stories/31597 

Lamentável…

 

 

Então os desleais tomaram conta e só restou um…

Não! Não! Não Alonso… Sem muito a comentar desse treino, apenas dois tópicos principais. Em primeiro lugar, o fato de Michael Schumacher ter influenciado de forma extremamente negativa o comportamento dos pilotos na pista, protegido pelo escudo das estatísticas. É incrível como a atual geração de pilotos de ponta é malandra, para não dizer porca…

Lewis Hamilton e Felipe Massa são pilotos temerários de se ultrapassar porque parecem ter comprado uma cartilha do Alemão de manobras desleais. Fazem zig zag nas largadas, fecham a torto e a direito, jogam os adversário para fora da pista… Enquanto isso, aquele que até agora tinha se mostrado apenas reclamão, sucumbiu à ladainha da imprensa e resolveu mostrar que também sabe aprontar…

Essa pole de Alonso é tremendamente vazia. Não obedecer à ordem da equipe para voltar para a pista, prejudicando seu companheiro de equipe foi traição ao time… Uma adaga atravessada nas costas de Ron Dennis. Fosse eu o chefe de equipe, iria prontamente aos delegados da FIA protestar contra esse meu piloto por uma punição, ainda mais nas circunstâncias complicadas de questionamento à retidão da McLaren.

O único piloto que ainda parece pertencer ao antigo grupo de gentleman drivers é Kimi Raikkonen. O azarado finlandês lembra muito o estilo Mika Hakkinen de velocidade e ousadia, mas sem destempero contra rivais e esquemas mesquinhos para vencer a todo preço. É por isso que esse blog torce para o Raikkonen abertamente a partir desse momento, acreditando que ele seria o melhor campeão para a F1 pós-Schumacher. Que a manguaça fique longe do rapaz, assim como as quebras mecânicas…

Bem, vamos ao segundo tópico. A falha de Massa na qualificação. Nesse momento, junto com a Rede Globo, 90% dos meios brasileiros estão culpando a Scuderia, como foi padrão nos últimos 7 anos. Acredito, no entanto, que a peça com problema foi aquela que fica entre o volante e o motor, nesse caso.

O “redentor brasileiro na F1” foi confiante demais na sua primeira tentativa de classificação para a Superpole. Manteve um ritmo de volta “confortável”, mas que ficava muito próximo da linha de corte. E daí aconteceu aquele erro na última curva, erro do piloto, que acelerou muito cedo e perdeu a traseira.

A lambança da segunda parte foi conseqüência dessa incompetência inicial. A equipe não abasteceu o carro para aquela tentativa, mas as câmeras não mostraram o pit. Pode ter sido o próprio Massa que, nervoso pela primeira falha, saiu antes de ser autorizado, comprometendo o trabalho dos mecânicos.

A partir dali, ele deveria ter forçado mais na sua volta de abertura para trazer os pneus ao nível de aderência corretos, mas realizou um aquecimento lento, como em circunstâncias normais, o que resultou num carro sem condições de tempo competitivo. Jean Todt merece ser acusado de outras atitudes, mas não crucificado por isso… hehehe…

~ por Bernardo Bercht em agosto 4, 2007.

4 Respostas to “No vácuo – Qualificação GP da Hungria”

  1. Se vc vai apontar assim o dedo na direção do Schumacher deveria antes de mais nada se perguntar em quem exatamente o alemão se “inspirou” para fazer a sua escola. Maus exemplos dados principalmente pelo Senna neste quesito, honey, não faltam. Então muito cuidado pra quem aponta e na política dos 2 pesos e 2 medidas. Bem antes do Schumacher o tal do canalha desleal era outro. E era assim mesmo que era conhecido. A escola foi formada bem antes do alemão, viu? Se vai dar crédito a alguém, credita acertadamente. E não isente ninguém só porque gostas deste ou daquele. Be fair and square!

    XO

  2. Vamos citar maus exemplos de Senna e Schumacher e compará-los? Em primeiro lugar, srta, para que atirar “pedras no falecido” que nem apareceu nesse post? Nenhum dos pilotos que citei aqui como “aprendendo do alemão” correu junto com Senna, portanto não fazem parte dessa “turma”.

    Agora, convido a srta a acusar uma “canalhice desleal” de Ayrton Senna que não seja a já famosa batida em Suzuka, 1990, que TODO MUNDO sabe que foi uma resposta por 1989 e pelos comissários terem mudado o lugar do pole-position naquele final de semana para o lado sujo da pista, por ordens de Balestre e dando clara vantagem a Prost…

    Não é uma questão de gosto, é uma questão do que classifico como desleal… Schumacher tem o bloqueio da pista de monaco nos treinos ano passado, tirar Damon Hill da pista em 1994 para ganhar seu primeiro título,, tentar tirar Villeneuve em 1997, espremer Montoya, Alonso, seu irmão Ralf, Frentzen e mtos outros para fora da pista acintosamente… enfim… sem comparações por favor..

  3. Honey,

    Quer dizer que os tais pilotos podem ter aprendido a tal mau conduta com o Schumacher mas o alemão não pode ter inspirado a dele justamente na conduta do seu ídolo? E eu só ressuscitei o Senna porque vc tirou o Schumacher de sua merecida aposentadoria, oras, para digamos, dar o tom do seu post. E se vc tirou o Schumacher do seu descanso por que não tirar o Senna do dele?

    Mas enfim, eu só o mencionei porque se vc realmente quer dar crédito a culpas e responsabilidades neste caso, então que vá ao serne da questão.

    Mas vc não lê sobre F1, né? Porque se lesse saberia que para cada ato desleal do Schumacher há pelo menos um equivalente do Senna, inclusive aquele episódio em Mônaco. E não pense que a reputação dele era clean and clear porque não era mesmo. Se tem alguém que começou esta escola foi justamente ele pois as críticas que lhe eram feitas ( e não me refiro aqui as do Balestre), não me deixam mentir.

    E comparações… só não servem justamente para quem tem dois pesos e duas medidas para fazer os seus julgamentos. Em todo caso, naquela época as tais espremidas que vc creditou ao Schumacher corriam soltas na pista e performadas por todos a torto e a direito. Inclusive se os pilotos daquela época corressem hj em dia… poor them, seriam excluídos pela FIA e teriam as suas licenças muito provavelmente cassadas. E as tais espremidas só não figuram tão frequentemente hj em dia como naqueles tempos porque ultrapassagem é coisa rara de poder acontecer, quanto mais acontecer.

    E voltando às responsabilidades… são visões justamente iguais a sua que podem explicar melhor o comportamento anti-ético adotado pelos pilotos de hj em dia. Ora, se um piloto fez o que fez e ainda tem gente que acha justificativas aceitáveis e que validam as próprias… Se ele pode, por qualquer razão que seja, então qualquer piloto em questão tb pode, oras. Pois eles tb têm lá as suas razões para agir como tal. São atitudes e visões assim que validam as tais condutas desleais e não a conduta per se. Porque se elas fossem repudiadas desde onde começaram por todos… não encorajariam ninguém a repeti-las… Mas como são inclusive abençoadas por alguns… fazer o quê?

    XO

  4. Ei a punição nem foi tão severa. Shumy ano passado foi punido em Mônaco indo para não na sexta, mas na ultima posição. O Espnhol Malandro (seria ele amigo do Bezerra da Silva?) merecia mais.

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